MAYA ANGELOU – ELA SOUBE PORQUE O PÁSSARO CANTA NA GAIOLA
Se era negra, se era mulher em anos em que o machismo era escancarado, se foi abusada sexualmente, se chegou a se prostituir… Tudo isso significou uma história de vida rica, que lhe rendeu uma biografia com grandes feitos. Contada por ela mesma por sete vezes. Leia-se Maya Angelou.
Uma das grandes poetisas americanas também se destacou como figura influente da cultura afroamericana. Ainda foi atriz, cantora, bailarina, escritora, cozinheira, jornalista, a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco, e professora de Estudos Americanos na Universidade de Wake Forest, Carolina do Norte, apesar de não ter título universitário. E para muitos foi a doutora Angelou.
O INÍCIO DE TUDO
Marguerite Annie Johnson era seu nome verdadeiro. Nascida em St. Louis, Missouri, em 1928, foi criada por uma avó durante boa parte da infância. Sofreu abuso sexual do namorado da mãe quando tinha apenas oito anos de idade, e isso lhe rendeu uma mudez por cinco anos. Também foi mãe solteira, o que levou a necessidade da prostituição. Mas Maya estava predestinada à uma vida de sucesso.
Foi no período do silêncio que descobriu o gosto pela leitura. Mais tarde, nos anos de 1960 desenvolveu a escrita e nunca mais parou. Trabalhou em jornais e foi a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood.
A amizade com Martin Luther King e as conversas com Malcolm X, e Nelson Mandela fizeram com que se engajasse na luta por direitos civis e igualdade. Com uma energia sem tamanho, envolvia-se em inúmeros projetos. Na carreira longa e promissora, leu um de seus poemas, “On the Pulse of Morning“, na posse de Bill Clinton como presidente dos Estados Unidos em 1993. Também recebeu o Grammy e no final da vida profissional ainda dava palestras.
IMPACTANTE BIOGRAFIA DE ANGELOU
A primeira biografia foi intitulada Porque o Pássaro Canta na Gaiola. Nela, colocou um pouco sobre os dramas iniciais da sua vida. “Era horrível ser negra e não ter controle sobre minha vida,” escreveu Maya Angelou. Sobre todos os acontecimentos – bons e ruins – da sua rica trajetória, a escritora também sentenciou: “Você pode não controlar os eventos que acontecem com você, mas você pode decidir não se deixar rebaixar por eles.”
Maya ganhou reconhecimento por lutar pelos direitos civis ao lado de de seus amigos Martin Luther King e Malcom X nos anos 1960. Em 2011 recebeu das mão de Barack Obama a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos Estados Unidos.
Maya Angelou morreu aos 86 anos, em 2014. Seu único filho recordou que ela escreveu quatro livros durante os últimos dez anos de vida. E no final, mesmo debilitada, Angelou estava trabalhando em um novo livro, que seria sua oitava autobiografia.
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