A atriz conquistou Hollywood e se manteve fiel às origens
Quando Lupita Amondi Nyong’o venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação no filme “12 Anos de Escravidão”, em 2014, ela rompeu mais uma barreira na jornada de mulheres negras e não americanas no universo do cinema. A atriz, que também é roteirista e diretora, consolidou seu nome em Hollywood e se tornou a sexta mulher negra a faturar o prêmio, além de ser a primeira queniana e mexicana a conquistar o troféu.
Autodeclarada quênio-mexicana, a atriz nasceu na Cidade do México, no México em 1983. Embora Lupita tenha recebido o nome em homenagem à Nossa Senhora de Guadalupe, sua família descende do povo Luo, do Quênia, onde viveu a infância e parte da adolescência.
O CONTATO COM AS ARTES
Com pai professor na Universidade de Nairóbi, a menina cresceu em um ambiente que valorizava as expressões artísticas. Os encontros familiares incluíam performances das crianças, e, igualmente, viagens para feiras onde assistiam peças de teatro. Lupita, a segunda de seis irmãos, demonstrava inclinação à interpretação desde a infância atuando em peças escolares e costumava ser a primeira a escolher os principais papéis.
Aos 16 anos, retornou ao México para participar de um intercâmbio e aprimorar o espanhol. Mais tarde, graduou-se na Hampshire College nos Estados Unidos, em estudou cinema da Universidade de Yale.
Sua dupla cidadania e fluência em quatro idiomas: inglês, espanhol, luo e swahili, línguas de etnias africanas, a mantém perto das raízes familiares.
UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO
Depois da atuação que lhe concedeu o Oscar, a atriz estreou na Broadway em 2015, com a peça Eclipsed pela qual foi indicada ao Tony Award de Melhor Atriz. Também atuou na trilogia recente de Guerra nas Estrelas e no mega sucesso de bilheteria Pantera Negra, da Marvel.
No ano seguinte, após o papel de destaque no aclamado filme de terror Us causou comoção popular por não ter seu nome indicado ao Oscar. Durante o episódio, Lupita deu declarações sobre o preconceito com filmes do gênero por parte da Academia. Mas, isso não diminuiu o prestígio de sua atuação que foi homenageada pela New York Film Critics Circle Awards.
Lupita Nyong’o também se empenha na defesa da preservação histórica, na luta contra o assédio sexual e pelos direitos das mulheres. Em 2019, lançou o livro infantil Sulwe que se tornaria Best-seller e que reforça a importância da autoconfiança das meninas negras. Exaltar a negritude sem medo e usufruir de sua liberdade são características da mulher forte que conquistou o planeta e o título de mais bela do mundo pela revista People. Entre um sucesso e outro já afirmou: “Você falha, e aí? A vida continua. É só quando você se arrisca a falhar descobre as coisas”.
Para conhecer mais histórias de mulheres que inspiram, acesse Mulheraço Inspiração.