X Vermelho na palma da mão para encorajar e incentivar denúncia de violência doméstica
O isolamento social, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem por objetivo evitar a propagação do coronavírus, contudo esse convívio doméstico mais intenso tem feito aumentar os casos de violência doméstica e, ao mesmo tempo, dificultado a busca por auxílio, o que pode ser um motivo de subnotificação.
Em março e abril, o índice de feminicídios cresceu 22,2%, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Já as chamadas para o número 180 tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.
O objetivo é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibi-lo ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia sinalizando que sofreu violência doméstica, assim a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades. O lançamento oficial ocorreu nos canais do YouTube do CNJ – Conselho Nacional de Justiça e AMB – Associação dos Magistrados do Brasil. – Idealizadores da campanha.
Após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para comunicar a polícia e ao acolhimento à vítima. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.
Como funciona a campanha:
- O sinal “X” feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um pedaço de papel, o que for mais fácil, permitirá que o farmacêutico ou o atendente das farmácias e drogarias previamente cadastradas reconheça que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, promova o acionamento da Polícia Militar.
- O farmacêutico ou o atendente de farmácias e drogarias previamente cadastradas receberá uma cartilha e um tutorial em formato visual em que se explicam os fluxos que deverão seguir, com as orientações necessárias ao atendimento da vítima e ao acionamento da Polícia Militar, de acordo com protocolo preestabelecido.
- O farmacêutico ou o atendente irá anotar nome, endereço e telefone da vítima e o informará à Polícia Militar, que irá até o local indicado pela mulher para atender à ocorrência e incluir o episódio na Rede Catarina, onde houver. Não haverá o encaminhamento do farmacêutico ou do atendente à delegacia para servir de testemunha. AS FARMÁCIAS PASSAM A SER MAIS UM LOCAL PARA QUE AS MULHERES SE SOCORRAM PARA SAIR DE UMA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA.
- Se houver flagrante, a Polícia Militar encaminhará a vítima e o agressor para a delegacia de polícia. Caso contrário, o fato será informado à delegacia de polícia por meio de sistema próprio para dar os encaminhamentos necessários – boletim de ocorrência e pedido de medida protetiva.
Como aderir a campanha:
Qualquer farmácia ou drogaria pode participar da campanha. Para isso, deverá entrar em contato com a AMB pelo e-mail sinalvermelho@amb.com.br para enviar o termo de adesão. Assim que assinado o termo, é feita a remessa do material de capacitação e treinamento para os colaboradores do estabelecimento.
Divulgação Oficial nas redes sociais @campanhasinalvermelho com hashtag oficial: #sinalvermelho
Projeto Mulheraço & Violência contra Mulher
O Projeto Mulheraço promove e participa de várias ações que encorajam e incentivam a denúncia de violência à mulher, e nessa Campanha Sinal Vermelho, também somos apoiadores e utilizamos toda a nossa rede de contatos para divulgação e esclarecimentos.
Em 2019, aconteceu o Lançamento da Cartilha “Violência Doméstica – Saiba seus Direitos” elaborada pela Dra Jaqueline Henzl, como um material didático com objetivo de elucidar dúvidas de mulheres e da sociedade em geral sobre violência doméstica e informa como e onde procurar ajuda em Londrina.
Em 2019, também realizamos a Exposição Fotográfica Mulheres Vitoriosas, alusiva à doação de órgãos e tecidos, câncer de mama e mulheres que sofreram algum tipo de violência.
“Trabalhar diferentes ações que ajudem mulheres a se tornarem uma versão melhor de si mesma é o propósito do Projeto Mulheraço e por esse motivo, apoiamos todas as causas que contribuem para que mulheres sejam livres e felizes para escreverem sua história de exemplo, superação e inspiração” ressalta Adriana Pontin, fundadora do Projeto Mulheraço.
180 Central de Atendimento à Mulher
O que é? Serviço de utilidade pública confidencial (preserva o anonimato).
O que faz?
• Recebe denúncia de violências;
• Orienta mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente;
• Encaminha as mulheres para outros serviços quando necessário.
Como funciona?
• Serviço 24h, todos os dias da semana, inclusive durante a pandemia da
COVID-19.
Como acessar?
• Por meio do número de TELEFONE 180, do fixo ou do celular;
• LIGAÇÃO GRATUITA de qualquer lugar do país;
• Por MENSAGEM ELETRÔNICA para o endereço ligue180@mdh.gov.br e
também pelo aplicativo “Proteja Brasil”;
• Pelo SITE DA OUVIDORIA ONLINE: https://ouvidoria.mdh.gov.br/
Outras formas de pedir ajuda:
• Polícia Militar – disque 190
• Corpo de Bombeiros – disque 193
• Polícia Civil – atendimento presencial ou on line
• Ministério Público
• Defensoria Pública