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A INTELIGÊNCIA E CRIATIVIDADE DA CINEASTA

À frente de seu tempo, Nora Ephron segue como uma das referências na criação de comédias românticas. Seus livros e filmes apresentam uma abordagem de aspectos femininos que não eram vistos na época. Além disso, é uma figura importante para a história do cinema.
Da sua mente criativa nasceram personagens femininas fortes, engraçadas e que ganharam vida em roteiros para filmes hollywoodianos de sucesso. Também foi autora de artigos e romances, produtora e roteirista indicada três vezes ao Oscar.

A VIDA E O SUCESSO NO CINEMA

Nascida em Nova Iorque em 1941, a filha de dramaturgos herdou dos pais o talento para a sétima arte. Mas, antes do sucesso nas telas, atuou como jornalista nos anos 60 e na década seguinte fez trabalhos para a televisão. Chamou atenção pelos artigos que escreveu para a revista Esquire, cujos os ensaios se transformaram no livro Crazy salad, um best seller nos Estados Unidos.
Em sua trajetória, passou por três casamentos com jornalistas, novelistas e roteiristas, o que reforça a presença da arte em todos os campos da vida. 

Norah era considerada uma mulher de inteligência afiada que imprimiu sua habilidade com maestria no primeiro romance Heartburn, de 1983, transformado depois em filme. No Brasil, a produção ganhou o nome de “A difícil arte de amar”. Segundo sua biografia, foi baseado no final de seu segundo casamento e conta com Meryl Streep Jack Nicholson no elenco.

Ainda nos anos 1980, outro roteiro de sucesso foi “Harry e Sally – Feitos um para o Outro” estrelado por Billy Crystal e Meg Ryan. O filme se tornou um clássico das comédias românticas e atingiu números expressivos também de bilheteria. Como diretora, emplacou o grande sucesso nos anos 90 com “Sintonia de Amor”, protagonizado por Tom Hanks e Meg Ryan. A produção rendeu duas indicações ao Oscar e arrecadou quase US$ 230 milhões nas bilheterias mundiais.

Norah Ephron também assinou Um Dia de Louco (1994), Michael – Anjo e Sedutor (1996) e Mensagem Para Você (1998) que voltou a unir Hanks e Ryan em mais um grande sucesso. Além de Julie & Julia (2009), estrelado por Meryl Streep e Amy Adams.

O ATO PRIVADO DE NORAH EPHRON

A levada cômica na escrita foi o grande diferencial da aclamada roteirista, que tinha como mantra: “Acima de tudo, seja a heroína da sua vida, não a vítima!”. Também é atribuído a ela o jargão “Tudo é cópia” que é o nome do documentário escrito e dirigido por um dos seus dois filhos, o jornalista Jacob Bernstein, depois do seu falecimento.

Em 2006 Norah foi diagnosticada com leucemia, mas preferiu não tornar o fato público por imaginar que a condição delicada de sua saúde tornaria mais difícil conseguir financiamento para os seus projetos. Em 2012, por complicações da doença, morreu de pneumonia aos 71 anos. Inteligente, sorridente e cativante, só poderia ter saído da mente de Norah Ephron a otimista frase de quem busca (e alcança) grandes realizações: “Claro que você pode ter tudo. O que você vai fazer? Tudo. É o meu palpite!”.

Para conhecer mais histórias de mulheres que inspiram, acesse Mulheraço Inspiração.

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